Na contramão da história , o Orgulho Babaca

Na última semana foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo a criação do dia do Orgulho Hetero, tendo como autor o vereador Carlos Apolinário o dia seria para a defesa da família e dos valores cristãos.
Pois bem, atualmente mais de 200 homossexuais são mortos todos os anos, simplesmente por se relacionarem com uma pessoa do mesmo sexo, comumente vimos casos de homofobia, algumas praticadas pelo próprio estado (como o exército por exemplo) , criar o dia do Orgulho Hetero é no mínimo ir na contramão da história, mais do que isso, é ser idiota o suficiente para inverter a lógica das coisas e tentar se afirmar mais cristão discriminando os outros.
Num país cheio de problemas sociais, a criação deste dia mostra a preocupação dos deputados e vereadores "cristãos" , fazer média com as igrejas e criar gados dispostos a perpetuá-los no poder, a criação do Orgulho Hetero para defesa da família seria o mesmo que criar o dia Internacional do Homem para a defesa da mesma coisa ou ainda criar o dia da Consciência Branca pela igualdade racial, ir na contramão da história, estar alguns séculos atrasados e desrespeitar toda a luta das minorias.
Não é questão de ir contra o direito de expressão, mas assim como os gays não fazem marcha para incentivar o abuso e a agressão contra os heterossexuais e inadmissível que o o contrário aconteça, este fanatismo evangélico que nem tem base bíblica já foi longe de mais e devemos tomar cuidado e atitude contra isso.
Hoje no Brasil a liberdade dessas igrejas é tão alta que se alguma interpretar que a bíblia fala que os negros não tem a salvação ela terá total liberdade para propagar esta ideia, ora, se continuarmos nesta toada em breve teremos grupos fundamenlistas religiosos no Brasil, o que é muito perigoso vide o que acontece no mundo árabe, daí pode ser tarde de mais.

Segue a lista do vereadores que aprovaram e que rejeitaram o projeto, junto deixo bem claro meu completo repúdio a estes que invés de trabalhar para uma cidade mais justa nutre o ódio contra uma minoria para manter apoio de preconceituosos conservadores:

A favor do projeto:

Adilson Amadeu (PTB)
Agnaldo Timóteo (PR)
Aníbal de Freitas (PSDB)
Antonio Carlos Rodrigues (PR)
Atílio Francisco (PRB)
Aurélio Nomura (PV)
Carlos Apolinário (DEM)
Celso Jatene (PTB)
Claudinho de Souza (PSDB)
Dalton Silvano (sem partido)
David Soares (PSC)
Domingos Dissei (DEM)
Edir Sales (DEM)
Floriano Pesado (PSDB)
Gilson Barreto (PSDB)
José Police Neto (sem partido)
José Rolim (PSDB)
Marta Costa (DEM)
Milton Ferreira (PPS)
Milton Leite (DEM)
Noemi Nonato (PSB)
Paulo Frange (PTB)
Quito Formiga (PR)
Ricardo Teixeira (sem partido)
Russomano (PP)
Sandra Tadeu (DEM)
Souza Santos (sem partido)
Tião Farias (PSDB)
Toninho Paiva (PR)
Ushitaro Kamia (DEM)
Wadih Mutran (PP)


Contra o projeto:

Alfredinho (PT)
Antonio Donato (PT)
Arselino Tatto (PT)
Carlos Neder (PT)
Chico Macena (PT)
Claudio Fonseca (PPS)
Claudio Prado (PDT)
Eliseu Gabriel (PSB)
Francisco Chagas (PT)
Gilberto Natalini (sem partido)
Ítalo Cardoso (PT)
Jamil Murad (PCdoB)
José Américo (PT)
Jossé Ferreira (PT)
Juliana Cardoso (PT)
Juscelino Gadelha (sem partido)
Netinho de Paula (PCdoB)
Roberto Tripoli (PV)
Senival Mourta (PT)
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